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De olho na língua, rumo a vitória

Uma pequena descoberta pode informar uma estratégia de sucesso

No começo da carreira como tenista profissional, André Agassi nunca conseguiu vencer Boris Becker. A grande dificuldade estava em devolver o saque matador de Becker.

Depois de mais uma derrota para Becker nas semifinais do Indian Wells Open de 1988, Agassi disse: “Prometo a mim mesmo que não perderei para ele na próxima vez que nos encontrarmos”. Então começou a assistir filmagens das partidas de Becker, estudando obsessivamente seu saque. “E comecei a perceber”, disse Agassi, “que ele tinha um tique estranho na língua. Eu não estou brincando. Ele entrava em movimento de balanço e, quando estava prestes a lançar a bola, colocava a língua para fora. Bem no meio do lábio ou no canto esquerdo do lábio. Se Becker colocasse a língua no meio do lábio, ele sacaria a bola pelo meio. Se ele colocasse para o lado, ele serviria a bola para o lado”.

Das próximas 11 partidas entre os dois, Agassi venceu 10 delas. Depois que Becker se aposentou em 1999, tomando uma cerveja, Agassi disse a Becker: “A propósito, você sabia que costumava fazer isso com seu saque?” Agassi disse: “Ele quase caiu da cadeira. E então ele disse: ‘Eu costumava ir para casa o tempo todo e contar para minha esposa, é como se ele lesse minha mente! Mal sabia eu que você estava apenas lendo minha língua.’”

Na entrevista abaixo Agassi conta a história que começa com essa grande declaração:

“Tênis consiste em resolução de problemas. E você não pode resolver problemas a não ser que você tenha a habilidade ou empatia para perceber tudo que está em volta de você”.

Essa é uma lição valiosa para as estratégias de divulgação e comunicação de marcas. Cultivar a empatia e habilidade de observar a categoria, o comportamento geral, de consumo e de compra das pessoas pode trazer descobertas que aparentam ser pequenas, mas podem ser capazes de informar a criação de uma estratégia de grande sucesso.

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